Contador de Visitas

terça-feira, 31 de agosto de 2010



O Contramola - coletivo de estudantes de psicologia convida:

Palestra: "Psicologia, corpo e política do cotidiano".
Oficina: "Somaterapia como um processo corporal, em grupo e libertário".

As atividades serão facilitadas pelo somaterapeuta João da Mata!

Quando? Quarta, 1 de Setembro, às 10h.
Onde? Sala 23, segundo andar do CFCH, UFPE.
Como? As inscrições serão abertas 30 minutos antes da palestra/oficina. A princípio serão disponibilizadas 15 vagas.

Participem e divulguem!

Saudações Libertárias!


sábado, 28 de agosto de 2010

Poder, Controle e coisinhas afins (parte 1)



Semana passada, numa óóóóóótima aula (¬¬) com professores não tão flexíveis, não tão abertos ao diálogo com novas teorias , tive que ver um "roteiro" de uma "anamnese" (entrevista com paciente psiquiátrico). Confesso que me senti extremamente perturbado. Tinham perguntas tão invasivas, tão indelicadas que eu próprio me sentiria violado ao ter que responder elas, quiçá uma pessoa em sofrimento psíquico. Mas, quem sou eu pra tentar bater de frente com o prepotente discurso médico?? Apenas um singelo estudante de psicologia que deveria, segundo alguns projetos, me submeter totalmente ao poderio de uma classe profissional superior (vide, ato médico).
Mas enfim, loucuras e megalomanias de classes a parte, o que me preocupa mais é que tipo de atendimento se dá a pessoas doentes? O simples fato de ela/e não ter conseguido sustentar as frágeis barreiras que construímos para separar-nos de algumas realidades e ter entrado em algum surto psicótico nos dá o direito de tratá-la como objeto de nosso conhecimento? (tal qual os nossos velhos amiguinhos branquinhos das gaiolas no laboratório de fisiologia).
O que me incomodou mais ainda foi saber o formato em que essas perguntas serão feitas. O todo poderoso professor buscará algum paciente/"voluntário" na enfermaria e o levará a uma sala de aula, onde estarão 15 (QUINZE) estudantes que serão obrigados a anotar cada expressão, cada traço de comportamento e cada uma das dezenas de respostas que lhe serão exigidas. Nome, idade, endereço, é só o começo, o absurdo chega ao ponto de perguntar quantas vezes a mãe dele engravidou, quantas dessas chegaram ao fim e mais e mais coisas extremamente invasivas e cujo conteúdo, na minha opinião, poderiam deixar qualquer surto, bem mais terrível.
Me pergunto então, que universidade é essa que nos capacita a decidir pelo outro e utilizar ele da forma que der na telha? Porque algumas pessoas passam a necessitar tanto da ilusão de poder sobre pessoas, que passa a acreditar que realmente possui esse poder e, para afirmá-lo utiliza-se de métodos antiquados, violentos e generalizantes? Não bastando isso, ainda obrigam-nos a repetir esses mesmos métodos, desconsiderando totalmente a pessoa que vai estar ali na nossa frente - afinal, um esquizofrênico é mesmo um ser humano??
E pelo que nos chega, ai daqueles que ousarem mostrar as falhas desse sistema, pois os que nos obrigam a reproduzi-lo acreditam deter o poder legitimado pela instituição acadêmica, e demonstram fazer questão de afirmar isso a todo momento, com a sua postura prepotente, com a inexistência total de qualquer abertura para diálogos.
Só me pergunto se, em algum dia alguma dessas ilustres pessoas já leu Michel Foucault. Ou se mesmo ouviu falar em Foucault, se não, acho uma pena. Eles adorariam algumas ideias sobre o invasivo poder médico ou sobre a historia da loucura.
Mas enfim
Quem sou eu para ousar ter pensamentos que vão de encontro a essa hegemonia toda?
Apenas um mero estudante de psicologia com sérios riscos de reprovar caso decida falar o que realmente pensa.

sábado, 21 de agosto de 2010

O Paí ó!!! o site do EREP

O VI EREP - Encontro Regional de Estudantes de Psicologia do Norte e Nordeste acontecerá em Salvador de 09 a 12 de Outubro! os interessados devem fazer a pré-inscrição no site http://erepnne.webnode.com.br/ nesse mesmo site é possível inscrever trabalhos prara apresentar, oficinas e gdv p facilitar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ensino religioso no Brasil estimula o preconceito e a intolerância


Estudo liderado pela professora Debora Diniz afirma que livros didáticos mais aceitos pelas escolas públicas promovem a homofobia e pregam o cristianismo.

Pesquisa da Universidade de Brasília conclui que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo é apresentado no livro Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil, que pode ser adquirido através do site da UNESCO.

Resumo do livro: O Brasil é um país rico em expressões culturais e tradições religiosas. A escola é um espaço de apresentação desse fabuloso horizonte de crenças, valores e práticas sociais. Um importante desafio de direitos humanos é como representar a diversidade brasileira nas ações e políticas educacionais. Este livro enfrenta uma das facetas mais inquietantes do encontro entre as religiões e o dispositivo da laicidade – a oferta do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras. De uma forma original e sistemática, as autoras percorrem leis e livros didáticos a fim de responder à pergunta sobre o significado do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras.

Autoras: Diniz, Debora; Lionço, Tatiana; Carrião, Vanessa

link original da notícia: aqui

Pesquisa quer entender necessidades dos LGBT. Se você é LGBT, participe!


Participe de pesquisa da Out Now e concorra a passagens aéreas e prêmios da Amazon

As organizações internacionais Out Now e GNetwork360 estão promovendo uma pesquisa para entender melhor as necessidades de pessoas LGBT. Ao participar você pode ajudar pessoas que tomam decisões em governos, empresas e outras organizações a orientar futuras ações específicas para este segmento

Entre outros assuntos, a pesquisa quer saber como a empresa onde você trabalha lida com funcionários LGBT, se você acha que ser assumidamente homossexual pode influenciar na sua carreira e qual seu grau de relacionamento com pessoas homofóbicas.

Além disso, a pesquisa pede que você explique como é ser LGBT no lugar em que você vive, seu posicionamento sobre casamento gay/união civil, alguns hábitos de consumo e seu grau de indentificação com produtos e serviços voltados ao público homossexual.

Responder é rapidinho é não custa nada, muito pelo contrário. Os participantes são incluídos em sorteios de bilhetes aéreos e de vouchers da livraria online Amazon e do iTunes. Tudo o que você responder será mantido em sigilo e você não receberá nenhuma mensagem de SPAM. Participe clicando
AQUI.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Campanha realizada na Irlanda: FANTÁSTICA!


Vídeo excelente, diz tudo.


Por "Marriagequality - Civil Marriage for Gay and Lesbian People". Tradução e Sincronia: Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual.

sábado, 7 de agosto de 2010

Profissionais de Psicologia são proibidos de avaliar presos para progressão de pena

Reportagem vinculada ao JN assista aqui.

De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, os psicólogos têm pouco tempo para preparar o laudo e trabalham em condições impróprias. O Ministério Público gaúcho entende que a proibição é ilegal. Uma decisão do Conselho Federal de Psicologia teve consequências para o Sistema Judiciário brasileiro. Os psicólogos que trabalham nas prisões estão proibidos de realizar o exame que avalia se os detentos podem receber o benefício da progressão de pena, que permite ao condenado sair da cadeia antes da conclusão da sentença. Para ganhar a liberdade condicional ou passar para o regime semiaberto, alguns presos precisam se submeter a um exame criminológico, que é determinado por um juiz. Psicólogos fazem o perfil do detento para avaliar se ele ainda oferece riscos para a sociedade. Mas, desde julho, uma resolução do Conselho Federal de Psicologia proíbe os profissionais que trabalham nas cadeias do país de realizarem o exame. De acordo com o conselho, os psicólogos têm pouco tempo para preparar o laudo, trabalham em condições impróprias e nem sempre a avaliação permite prever como será o comportamento do preso fora da cadeia. Eles citam o caso do maníaco de Luziânia, em Goiás, como exemplo. Em 2009, o exame criminológico permitiu que o pedreiro Admar Silva, condenado por estupro, fosse beneficiado com o regime de progressão da pena. Em menos de um mês, Admar matou seis jovens. “Quando o preso ingressa no sistema prisional, que ele tenha todo um processo de acompanhamento por parte dessa comissão técnica de classificação da qual faz parte o psicólogo, o assistente social, faz parte também o médico e é o resultado do trabalho dessa comissão técnica de classificação que, de acordo com a lei de execução penal, deve ser o embasamento pras decisões judiciais pra progressão de pena. E não exame criminológico tal qual vem sendo realizado de modo recortado apenas quando do momento que o preso alcança o tempo de prisão onde é possível pra ele a progressão de pena”, defende Ana Maria Pereira Lopes, presidente do Conselho Federal de Psicologia. O Ministério Público gaúcho entende que a proibição é ilegal e que, sem os laudos, a Justiça corre ainda mais risco de liberar criminosos violentos. “Embora tenha o tempo implementado, muitas vezes é a avaliação psicológica e social que contraindica essa progressão, dando elementos técnicos importantes para que o juiz e o Ministério Público, que fiscaliza a execução da pena, possam muitas vezes impedir a progressão de regime prematura e perigosa de agentes que não tenham a condição de frequentar a rua e retornar ao convívio social ainda”, declarou o promotor de Justiça Fabiano Dallazen. Para os promotores de Justiça, mudar o regime de detenção de um preso com base apenas no comportamento dele e no tempo de pena já cumprido é pouco. Eles questionam também se o Conselho Federal de Psicologia tem autonomia pra tomar uma decisão como esta. O Ministério Público Federal abriu inquérito civil para investigar se a resolução tem validade.

Fonte: Transcrição do audio da reportagem do link acima.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Campanha da Avaaz.org: Lula, salve Sakineh!


Leia o alerta completo da Avaaz.org:

Caros amigos,

Graças à comoção no Brasil e o mundo, o Presidente Lula ofereceu asilo à Sakineh Ashtiani, a mulher iraniana condenada à morte por apedrejamento. Porém hoje de manhã o governo iraniano insinuou que a oferta seria rejeitada.

O governo do Irã ouve o Lula. Se ele se comprometer a fazer o que for preciso, ele poderá salvar a Sakineh. E nós sabemos que o Lula ouve a opinião pública, na semana passada, a comoção popular fez ele mudar de idéia e oferecer asilo à Sakineh.

As nossa vozes podem ajudar a salvar a vida de Sakineh e trazer esperança para as pessoas condenadas ao apedrejamento. Clique abaixo para enviar uma mensagem para o Presidente Lula pedindo para ele não desistir e negociar com o Irã até que a Sakineh seja salva.

http://www.avaaz.org/po/lula_salve_sakineh/97.php?cl_tta_sign=51fff2ffb8be70f50b7f39b8c20d81fd

Sakineh foi condenada à morte por apedrejamento por supostamente ter tido relações com outros homens... anos após a morte de seu marido. Seus dois filhos lançaram uma campanha para salvá-la, gerando uma repercussão internacional. Com a pressão, o governo iraniano decidiu revocar o apedrejamento, porém ainda querem executá-la por enforcamento.

Devido ao esforço por uma diplomacia paciente com o Irã, o Presidente Lula é a única pessoa que poderá salvar a Sakineh. Após ele ter recusado intervir, cidadãos brasileiros se mobilizaram pela Internet para defender a Sakineh, como resultado alguns dias atrás ele mudou de opinião e ofereceu asilo a ela. Após a intervenção do Lula, o governo iraniano começou a tratar melhor a família de Sakineh.

Um porta-voz iraniano afirmou que o Lula estava mal informado sobre o caso, porém esta não parece ser a palavra final do governo iraniano sobre a proposta de asilo. O Irã poderá tomar uma decisão sobre a execução de Sakineh ainda esta semana. Não temos muito tempo – vamos enviar uma mensagem clara para Lula insistir na libertação da Sakineh:

http://www.avaaz.org/po/lula_salve_sakineh/97.php?cl_tta_sign=51fff2ffb8be70f50b7f39b8c20d81fd

A luta da Sakineh trouxe o apedrejamento para os holofotes da mídia internacional pela primeira vez em anos. Se nós nos agirmos agora, poderemos provar que o mundo não aceita estas práticas brutais, e não somente poderemos também salvar uma vida, como daremos esperança para as outras 15 pessoas aguardando a morte por apedrejamento no Irã e todos aqueles aguardando uma execução injusta em presídios mundo afora. Vamos agir enquanto há tempo para garantir que o Brasil cumpra a sua responsabilidade de proteger os direitos humanos, seja onde for.

Com esperança,

Ben, Graziela, Maria Paz, Ricken, Alice e toda a equipe Avaaz

Leia mais:

Lula propõe a Irã receber no Brasil condenada a apedrejamento:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/07/lula-propoe-ira-receber-no-brasil-condenada-apedrejamento.html

Internautas fazem campanha "Liga Lula" contra apedrejamento de iraniana:
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/campanha-pede-que-lula-interceda-por-iraniana-condenada-a-morte-20100727.html

Irã diz que Lula é emotivo e tem pouca informação sobre iraniana condenada:
http://www.abril.com.br/noticias/mundo/ira-diz-lula-emotivo-tem-pouca-informacao-iraniana-condenada-584092.shtml

terça-feira, 3 de agosto de 2010

SAÚDE MENTAL em "A LIGA"

HOJE, às 22h a band exibirá o programa de reportagem investigativa "A Liga" o qual tratará nesse episódio da Saúde Mental no Brasil. Assistam o teaser em: http://www.youtube.com/watch?v=KBMWuHOnHAM&feature=email. Está imperdível!


A Saúde Mental no País

A maior parte da população nasce saudável, sã e com perspectivas de uma vida promissora, mas nem todos vivem assim. A loucura, a esquizofrenia, o sofrimento mental e as doenças mentais podem acontecer com qualquer pessoa. Muitas vezes sem motivos, a doença tem início em qualquer fase da vida. Uma dura realidade que é melhor quando vivida com a compreensão, carinho e respeito das pessoas, em especial, da família.

Para buscar diminuir um pouco o sofrimento de pacientes e familiares, no ano de 1978 tiveram início as primeiras lutas e movimentos sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos no Brasil. Esta luta, contava com o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), que era formado por associações de parentes, sindicalistas, profissionais do meio e pessoas com longo histórico de internações psiquiátricas. Eles tinham como objetivo denunciar os métodos usados nos manicômios, denunciar a violência e o abuso da medicação e choques nos internos.

Após inúmeras reivindicações, em 1987 aconteceu o II Congresso Nacional do MTSM na cidade de Bauru, em São Paulo, com o objetivo de que fosse feita a reforma psiquiátrica, mas apenas na década de 1990 foi firmado pelo Brasil a assinatura da Declaração de Caracas, que passou a vigorar no país as primeiras normas federais que regulamentavam a implantação de serviços de atenção diária , fundadas nas experiências dos primeiros Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS) e Hospitais-dia, e as primeiras normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos.

Os CAPS são serviços públicos de saúde mental, destinados ao atendimento de pessoas com transtornos mentais. Este serviço tem como objetivo, a substituição das internações em hospitais psiquiátricos com modelos antigos como os manicômios e tratar a saúde mental do indivíduo de forma adequada, com atendimento, acompanhamento clínico, auxílio na reinserção social dos doentes na sociedade e na própria família.

Além do CAPS, existe também os NAPS, que foi criado pela Secretaria Municipal de Saúde de Santos, em São Paulo, após receber denúncias de que a Casa de Saúde Anchieta era um lugar que maltratava os pacientes, tendo havido casos de morte no local. O assunto teve repercussão nacional o que marcou o processo de reforma psiquiátrica brasileira. O espaço foi abordado inclusive no filme “Bicho de Sete Cabeças”, estrelado pelo ator Rodrigo Santoro.

A reforma psiquiátrica após a lei nacional

Hoje, sofrem de transtornos mentais severos (esquizofrenia, autismo, psicose infantil, neuroses graves, depressão profunda e deficiência mental severa com sintomas psicóticos) 3% da população do país, ou seja, entre 5 e 6 milhões de pessoas. Além destes pacientes graves, se considerar aqueles que possuem os chamados transtornos mentais leves (depressão não tão profunda, fobias, demências moderadas), chegam a 12% da população, cerca de 20 milhões de pessoas.

Somente no ano de 2001, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, a Lei Paulo Delgado foi sancionada no país, a tão sonhada reforma psiquiátrica. Com isso, a Lei Federal 10.216 redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços e a proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não deixa claro a total extinção dos manicômios.

Quando Voltar ao convívio social?

São várias as razões que podem justificar uma internação, mas como analisar o momento certo de um interno deixar uma clínica psiquiátrica e voltar para o convício social?

De acordo com a psicóloga Marielle Oliveira Batista, da Clínica Neuro-Psiquiátrica de Alfenas (MG), o paciente é analisado por completo, desde seu histórico no período em que esteve internado na clínica, a evolução no seu discurso e conversas, até sua higiene pessoal. Também é importante verificar a qualidade do sono dele, como o mesmo esta reagindo ao tratamento, como esta o seu comportamento quando junto a outras pessoas.

Um dos fatores também analisados antes da alta do paciente é se ele ainda possui alucinações e a freqüência em que acontecem as crises. Segundo Marielle, “os indícios de sentimentos suicidas e homicidas são os mais analisados. Nenhum médico quer dar alta para um paciente, e logo depois aparecer a notícia de que ele cometeu suicídio ou atentou contra a vida de uma outra pessoa.”

Geralmente, os pacientes da Clínica Neuro-Pisiquiátrica ficam internados entre três e seis meses. “Os internos são inteligentes e possuem capacidade suficiente para produzir e conviver na sociedade após o tratamento. Eles conseguem conviver com o sofrimento mental, o difícil é conviver com a indiferença e o preconceito que enfrentam logo que saem” concluiu Marielle.

Movimento antimanicomial

O Movimento Antimanicomial, também conhecido como Luta Antimanicomial, se refere a um processo organizado de transformação dos serviços psiquiátricos, relacionados a uma série de eventos políticos nacionais e internacionais. A campanha tem o dia 18 de maio como data de celebração no calendário brasileiro.

Desde 2001 o número de leitos em hospitais caiu de 51 mil para 35 mil e as residências terapêuticas com regime aberto eram 85 agora são 563 ao total. Nos séculos passados, quando ainda não havia controle de saúde mental, a loucura era uma questão privada, onde as famílias eram responsáveis por seus membros portadores de transtorno mental.

Com o passar dos anos, começou então a discussão e luta pela implantação de serviços de saúde mental no Brasil. Foi quando surgiram as primeiras instituições, no ano de 1841, na cidade do Rio de Janeiro, que era um abrigo provisório. Somente agora no final do século XX é que a militância por serviços humanizados conseguiu as primeiras implantações de Centros de Atenção Psicossocial, os CAPS.


Redatora: Cristiane Andrade

Diálogos com Helena Hirata

Clique na imagem para saber mais.