Estudantes estão implantando, em regime de mutirão, uma agrofloresta no campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Zona Oeste do Recife. Esse tipo de plantação, que reúne espécies florestais e agrícolas, dispensa o uso de adubo químico e pesticidas.O trabalho começou no dia 7, quando eles delimitaram uma área de 600 metros quadrados, no Centro de Ciências Biológicas, onde estuda a maioria dos voluntários. Trata-se de um terreno de 15 por 40 metros, que receberia um jardim.
“Há dois prédios projetados e aqui seria tipo um canteiro. Pedimos permissão para a reitoria e estamos fazendo um jardim didático-florestal”, diz Mariana Albuquerque, aluna do curso de ciências biológicas da UFPE.
Nos dois encontros que fizeram na área, animados por lanches coletivos e a ajuda esporádica de professores, o grupo tem seguido a lógica da agrofloresta, também conhecida como permacultura: quando mais mudas, melhor. “Tem de tudo, pitanga, abacaxi, pinha, ervas medicinais e plantas ornamentais”, descreve Humberto Cariri Soares, um dos colaboradores do projeto.
Árvores mesmo o jardim só terá quatro. “Decidimos colocá-las enfileiradas, ao centro, para dar sombra ao jardim e não atrapalhar nas construções que serão levantadas do lado”, revela o biólogo Gabriel Góis, agricultor orgânico que integra o grupo de voluntários. Um das espécies escolhidas é o jequitibá, árvore de mata atlântica extinta em Pernambuco.
Os jovens pretendem se reunir a cada dez dias, para plantar, fazer a capina seletiva e regar, se for preciso. “Como está no período de inverno, a princípio não precisa de mais que a água da chuva. Mas quando ficar mais seco podemos regar, sim”, diz Mariana.
Uma parte do terreno foi isolada para que os estudantes possam observar a regeneração natural. “Se costuma capinar tudo. Nesse pedaço vamos deixar a natureza agir.”
Fonte: Jornal do Commercio, 17/07/2010.
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